"The Reader’s Digest"

Na edição de Julho da revista britânica "The Reader’s Digest", o Tom aparece em uma nova entrevista e até em novas (e lindas) fotos.

Não posso garantir quando posso trazer a tradução do artigo, já que realmente meu tempo está apertado, mas os scans já estão ai.

ATUALIZADO: Agora vocês já podem conferir a tradução do artigo, abaixo.

As duas faces de Draco Malfoy

Ele vem aterrorizando uma
geração de crianças como o monstrinho de Hogwarts nos filmes de Harry Potter.
Mas será que a vida imita a arte para o ator Tom Felton?

Por Simon
Hemelryk

Ele não parece a personificação do mal ao entrar pela
porta de um estúdio do leste de Londres para a nossa entrevista e sessão de
fotos.

“Hum, desculpe, eu só estou terminando de beber isso aqui do
McDonald’s”, diz Tom Felton, mais conhecido como o vilão Draco Malfoy em Harry
Potter. “Não é muito bonito, né?”

Porém na adaptação mais recente
da bem sucedida franquia, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, o rapaz de 21
anos deixa de ser meramente o “valentão” dos filmes anteriores para se tornar um
seguidor do diabólico Voldemort.

“Voldemort dá a Draco a missão de
matar Dumbledore, e esse é o tema central do filme”, diz Tom. “Draco tem sido o
idiota bidimensional que fica no fundo da sala com inveja do Harry, o menino de
ouro. Agora ele ganha destaque e tem a oportunidade de se tornar também o menino
de ouro – só que no lado das trevas”.

Tom está feliz com a
importância que seu personagem ganhou na hierarquia de
Potter.

“Este é o primeiro filme em que estive envolvido nas
filmagens do início ao fim, e eu pude trabalhar de perto com atores como Michael
Gambon”, diz ele. “Você sente um pouco de pena do Draco porque ele é apenas um
garoto cujo pai foi preso, e ele tem uma grande batalha dentro de si com relação
à missão que lhe foi dada. Só que desta vez ele não expressa a sua fragilidade
apenas xingando Harry de idiota. Ele quebra o nariz dele”.

Tom se
anima com o assunto. “Filmar isso foi legal. Nós tivemos o Dan [Daniel
Radcliffe] deitado no chão com o meu pé bem acima da sua cabeça, mas sem chegar
a tocá-lo. Teve algumas vezes que eu fiquei tentado a descer o... não, Deus o
abençoe, eu não toquei nele”.

Fica claro que ele adora interpretar
um vilão. “Eu posso agir de forma completamente detestável. Quem não quereria
isso? É muito divertido assustar as crianças. Outro dia eu dei uma entrevista
numa sala de aula com mais ou menos 12 delas e houve uns dez minutos de silêncio
em que elas não tiravam os olhos de mim, ninguém se atrevendo a falar. Quando os
mais novos entram nos estúdios, eles correm para a abraçar o Dan, mas eu não
recebo nada disso”.

Ser malvado tem suas desvantagens. “Eu recebo
cartas dizendo ‘Deixe o Harry em paz, ou nós vamos atrás de você em Hogwarts’.
Tem alguns fãs muito estranhos. Teve uma pessoa que mudou o nome para Lúcio
Malfoy e queria me adotar”.

No entanto, parece que as garotas
gostam de um bad boy. “Ah, eu percebo bastante interesse, não por parte das
mulheres exatamente, mas das mais jovens. Eu gosto de pensar nisso mais como uma simples atração estética, em vez de ser devido à personalidade do
Draco”.

Mas apesar da malícia que ilumina seu rosto quando ele
descreve seu duvidoso alter ego, é de impressionar o quão bem ajustado e
carismático ele é para um rapaz que passou a adolescência interpretando um
personagem mundialmente conhecido.

“Como ator, você se diverte
fazendo coisas completamente diferentes do seu normal. De vez em quando eu me
pego agindo como o Draco, embora nada relacionado à magia, e sim com a estrada.
Minha namorada Jade mora no norte de Londres, e eu moro perto de Dorking, então
eu passo muito tempo na M25. Cruzamento 9, em Leatherhead – aquilo é muito
louco”.

Tom cresceu na área rural de Surrey Hills, e recentemente
comprou uma casa lá junto com seu irmão e gerente de pescaria Chris. Seus pais
são divorciados, mas os dois vivem a 20 milhas. “Eu tive sorte porque eu já
tinha 12 anos quando começamos a filmar Harry Potter. Eu tinha um grupo de
amigos que não estavam interessados no que eu estava fazendo em Londres, e eu
não mudei de escola. Eu mantive os pés no chão”.

O Enigma do
Príncipe, com suas mortes dramáticas e relacionamentos românticos para vários
personagens, é um filme mais maduro, refletindo o fato de Radcliffe, Rupert
Grint, Emma Watson e o restante do elenco agora já serem jovens adultos. Tom
está positivamente surpreso ao ver que todos eles ficaram muito
bem.

“Havia meio que uma aposta de que um deles acabaria virando um
louco, fotografado do lado de fora de um bordel em Amsterdam. Mas todos eles
mantiveram a cabeça no lugar. Eu quase esperava que o Dan ficasse um pouco
deslumbrado com tudo isso, mas ele não ficou. Você vai na casa dele assistir O
Aprendiz e você poderia estar com qualquer outro cara”.

Entre os
filmes de Potter, Tom apareceu nos novos filmes independentes britânicos The
Disappeared, um filme de terror, e no ainda inédito 13 Hours. “Eu interpreto
caras legais, o que é mais complicado. Eu preciso que alguém me diga que ser eu
mesmo é OK”.

Ele também lançou seu primeiro álbum, In Good Hands,
pelo iTunes, depois que um vídeo em que aparece tocando violão no Youtube
recebeu mais de um milhão de acessos. “Eu fiz aquele vídeo para um amigo que
mora no exterior e coloquei na internet sob um nome diferente, mas aquilo vazou.
A resposta foi grande, mas isso é só um hobby”.

Ele se anima com o
futuro, mas a última parte de Harry Potter, as duas partes de Relíquias da
Morte, está sendo filmada e um novo capítulo de sua vida está inevitavelmente
próximo.

“Nós estamos muito animados a tentar coisas e novas e, com
esperança, ter carreiras brilhantes. Mas agora quando eu dirijo para o estúdio,
é meio assustador saber que tudo isso está chegando ao fim”.

A
conversa animada acalma um pouco. “Nós estamos acostumados a ter esses quatro
meses de férias e depois voltar e rever todo mundo. É como deixar a escola, só
que um pouco mais – toda a nossa adolescência foi documentada. É uma verdadeira
jornada”.