terça-feira, 13 de julho de 2010

Reviews do filme The Disappeared

Ola para todos, como todos sabem em 2005 o Tom fez o personagem Simon Pryor no filme The Disappeared. O filme teve sua estreia no dia 9 de setembro de 2008 nos EUA e infelizmente no Brasil ainda nao passou nos cinemas.

Recentemente o Fealtbeats postou uma review do filme, estamos agora trazendo para vocês.


"Isso é o que você tem que fazer: Use abafadores de ouvido, feche seus olhos e imagine o que sentiria numa cidade fantasma; e olhe e escute como logo antes de uma tempestade começar a cair. Você sente o pavor das ruas vazias? Você sente o vento crepitando em sua pele e fazendo seu cabelo levantar? Você tem a impressão de ser a única pessoa viva? Matthew Ryan deve saber um pouco de como você está se sentindo.

The Disappeared, um filme co-escrito por Neil Murphy e Johnny Kevorkian, que é também o diretor, conta sobre um garoto adolescente (Harry Treadaway) perturbado por uma culpa que cresce lentamente. O irmão mais novo dele (Lewis Lemperuer Palmer) está desaparecido, e todos com exceção de Matthew acreditam que o pequeno Tom Ryan está morto. Por quê? Simplesmente: Tom está falando com Matt de... algum lugar, tentando comunicar uma mensagem que Matt não parece capaz de entender.








De fato, Matt não parece ser capaz de entender nada. Desde o começo ele está isolado. Os ângulos usados pela câmera ajudam a mostrar isso quando eles mostram cenas de Matt atrás de algum material impenetrável, sem barras, cercas, vidro. É muito falado como se ele não estivesse ali; na primeira filmagem, por exemplo, a tela falha de preta para a cena, e podemos escutar vozes conversando, mas a imagem é do rosto silencioso de Matt. Mesmo quando ele fala com Simon Pryor (Tom Felton), seu melhor amigo, a conexão entre eles, vista no flashback, desaparece. A brincadeira de Simon sobre Matt precisar voltar para seu “whack schack” deveria ter sido levada por Matt como brincadeira, especialmente desde as proibições de Simon à irmã dele, Sophie (Georgia Groome), de fazer a mesma brincadeira. Mas Matt fica irritado, e a amizade começa a se deteriorar a partir dali. Além disso, desde o começo, Matt comunica-se com fantasmas - mesmo as pessoas que parecem estar vivas não estão lá - através da caracterização ou enredo, ou o fato de que, como o homem Matt fala no “get-together”, eles estão ali apenas pra murmurar coisas, “Esse lugar é cheio de fantasmas ”, diz o Medium corretamente.




O fato de que Matt mal sustenta a realidade, como é ilustrado por seus relacionamentos, é mostrado pelo desespero de Simon em mantê-la. A primeira conversa deles mostra como a história desses personagens são paralelas: Matt diz, “Eu encontrei esta garota.”, no qual Simon responde, “Jesus Cristo, isso foi rápido. Ela está vestida?” “Não é desse jeito”, Matt responde indiferente, sem virar quando Simon o chama de perdedor por seu aparente comportamento anormal. Essa conversa e a próxima, onde eles discutem seus futuros - planejado por Simon e não-planejado por Matt - mostram os personagens “espelhados-opostos” que Tom Felton e Harry Treadaway representam. Muitos acontecimentos similares, apesar de com reações opostas, aumentam a intesidade da distância entre eles. Por exemplo, ambos falam em assistir televisão, mas enquanto Matt fala sobre assistir vídeos velhos de novos assuntos, Simon fala sobre shows contemporâneos. Outro exemplo importante é que, apesar das irmãs de ambos serem abduzidas depois de perdidas por seus irmãos mais velhos, seus finais são “antithetical”





Tom Felton e Harry Treadaway interpretam esses ímãs opostos muito bem, tendo uma química convincente apesar de suas diferenças - suas vidas vão em direção a finais parecidos, não obstante os personagens contra-balanceados que eles interpretam de forma muito realista. Tom Felton especialmente, cujo personagem é provavelmente o mais são entre todos, interpreta um personagem mantendo fielmente sua racionalidade ainda admirável, negando o inacreditável para a maioria do filme, e até mesmo tentando trazer Matt de volta ao mundo normal.
De fato, fora todos os “fantasmas” com que Matt conversa, Simon é o mais vivo, e não é surpreendente que ele tenha uma queda por causa disso. Cada um deles tenta puxar o outro para o outro lado. Parte do terror do filme é a falta de expressões faciais que mantém a aura fantasmagórica de ambos os personagens. A parte de Tom Felton é mostrada em grande parte pelo espectro facial contínuo que ele usa (mais do que qualquer outro personagem) aderindo vida e esperança à história. Tom Felton como Simon Pryor é realmente um dos personagens que trouxe vida à esse filme. Essa clássica frase de filmes de terror que todos gritamos aos nossos personagens favoritos - “Não entre aí, seu idiota!” - como se, dessa vez, eles fossem ouvir, isso deve ser dito para Simon.
Assista ao filme cuidadosamente, e você verá todas as dicas que deixaram para você tirar suas próprias conclusões. Uns dois palpites, talvez?
O uso que Kevorkian fez das cores ajuda a intensificar o tom do filme. A maioria dos flashbacks, por exemplo, tem cores quentes. A jaqueta de Matt é azul, mesma tonalidade que envolve o resto do filme, mas as roupas dele sempre tem uma ponta de vermelho nostálgico. A jaqueta de Simon no começo tem marrom, cores de terra. De fato, a história poderia ser traçada pelas cores, por o que os personagens usam - especialmente Simon e Matt.Mesmo através das mudanças de cena. Apenas uma vez a tela falha de uma cena à outra em uma neblina vermelha. Percebeu os personagens nessas cenas? Para não entregar nada maior, quando as cores mudam, especialmente nas roupas, há coisas pro vir. Lembre que o carro de Simon é vermelho - preste atenção nessa cor especialmente - e está em um jardim, um cemitério na verdade.
Outro método interessante que Kevorkian utiliza é o ponto de vista. Enquanto um monte de filmes mudam constantemente da perspectiva de um personagem à de outro, a perspectiva de Matt é 90% desse filme que é, por si próprio, contado. O personagem secundário, baseado na quantidade de tempo em que sua perspectiva é mostrada, é Simon, cujo ponto de vista é sempre sem palavras. O filme só sai da perspectiva de Matt três vezes, mas eu não direi quem são os outros personagens.
The Disappeared é um filme que, remanescente de filmes como Stay (2005), puxa o senso e mantém a realidade do espectador. A que, exatamente, o título se refere? Quem ou o que desapareceu? Como esses “fantasmas” tocam coisas e passam elas para os vivos? Como um bom mistério, cabe ao espectador assistir várias vezes atrás de pistas que possa ter perdido. A habilidade de atuação de Tom Felton e Harry Treadaway, em silêncio - particularmente e impressivamente no caso de Tom Felton - ou não, são dois ápices do filme. Assista-os de perto, muito perto. As dicas são sutis, mas estão ali para quem quiser, se você souber conectá-las.
Dizendo à minha amiga que ela tinha que assistir este filme, eu fiz o comentário de que The Disappeared não é um terror de Hollywood convencional. “Tem uma atmosfera de medo”, eu disse à ela. Ela riu da minha descrição, mas é a mais perfeita verdade. É um filme quieto. Artístico no sentido que apavora. Este filme não te fará gritar - eu não acho que tenha sido feito para te fazer gritar. Ao contrário, te fará ficar sem palavras. Fará seu coração bater ansiosamente. Entrará pela sua pele até estar por dentro dela, e você estar questionando a realidade do filme: o que é fato, o que é ficção; e como, então, essa realidade explica essa ou aquela anomalia? E você irá querer assistir de novo e de novo para encontrar a pista que você poderia resolver para então poder colocar o enredo numa linha reta. Veja, existe alguma pequena coisa que você não está vendo. Lá, na esquerda-ao-centro da tela, no minuto 71. Sim, logo ali. Não desvie o olhar, não pisque, ou vai desaparecer antes que você possa respirar."
Tradução by Debi

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